O Confete aparece pela primeira vez no carnaval de Roma
sobre a forma de "confetti", ou "confeitos" de açúcar que
as pessoas jogavam umas sobre as outras durante o corso nas ruas da cidade.
O confete de papel (geralmente branco, dourado ou prateado)
é noticiado pela primeira vez no carnaval de Paris, em 1892.
Essas "armas" da folia carnavalesca já eram usadas
na metade do século 19 nos bailes de máscara em vários países da Europa. No
Brasil, elas apareceram um pouco mais tarde, por volta da década de 1890. O
confete chegou ao Rio de Janeiro junto com o costume dos corsos - carros
decorados, também importados da tradição européia, que desfilavam carregados de
foliões. Na época, o confete e o corso foram comemorados pelos jornais como
símbolos de civilização. Também, pudera: nos primeiros tempos do nosso Carnaval,
as brincadeiras eram inspiradas no entrudo, uma folia herdada de Portugal que
envolvia água, lama e outras nojeiras. Nesse sentido, as batalhas de confetes
eram muito mais limpas e inofensivas. A mesma coisa vale para as serpentinas.
Elas também surgiram mais ou menos na mesma época, inspiradas pelas chamadas
"bolas carnavalescas", que estrearam no Carnaval de 1878.
"Algumas dessas bolas eram de papel de seda e se
desfaziam ao serem jogadas", afirma a historiadora Rachel Soihet no livro
A Subversão pelo Riso.
Um fato curioso: em razão do adiamento do carnaval carioca daquele ano para o mês de
junho, a folia da cidade pode utilizar a novidade no mesmo ano em que fora
lançada na Europa.
Como é feito o confete e a serpentina?
Se existe um produto que está presente nas várias formas de
comemorar o Carnaval brasileiro, ele é o papel. Os exemplos mais claros são os
confetes e serpentinas. Acredita-se que o confete tenha nascido em Roma,
como confeitos de açúcar que os foliões jogavam uns nos outros. Coube aos
franceses transformá-los em papel, o que aconteceu apenas por volta de 1890.
Seu uso no Brasil se popularizou entre as décadas de 20 e
40. Para fabricar os produtos, é necessário um maquinário especializado.
No caso do confete, são compradas bobinas de papel colorido verde, rosa, azul,
branco, amarelo e pardo. As cores variadas são inseridas em uma máquina que se
parece com um grande furador de papel. Em seguida, é só pesar a quantidade
exata e lacrar os saquinhos.
A fabricação da serpentina é parecida: as bobinas são
desenroladas e cortadas por uma máquina apropriada, mas a limpeza das fitas e a
montagem dos rolos com quatro cores diferentes é feita manualmente. Uma das
prioridades na fabricação de confetes e serpentinas é a sustentabilidade. Todo
o papel utilizado é 100% reciclado e as sobras do processo de fabricação são
devolvidas para o fornecedor.
Nenhum comentário:
Postar um comentário